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Meia noite e quarenta e seis, quarenta e sete... Quarta feira, ops na verdade quinta. Nos acostumamos a virar o calendário como quem vira mais uma página da nossa vida. Nos acostumamos a ouvir das pessoas que gostamos “Esquece isso...” e na verdade o que realmente não vai acontecer, é esquecermos o nosso passado, muito menos quem somos. Ainda olharemos para as cicatrizes da nossa alma e pensaremos não dói mais, mas isso não é esquecer, por que ela estará lá. Mesmo quando eu deitar a minha cabeça no travesseiro e amanhã de manhã acordar, ainda me lembrarei das coisas que senti, das coisas que pensei e de tudo que saiu da minha boca, e ainda mais das coisas que não saíram, que ficaram guardadas, para serem ditas um dia ou nunca. Por que a minha vida não é apenas uma folha de calendário, ou os minutos correntes entre os dedos da minha mão. Eu sou feito de você, que me faz companhia agora, e lê com o campanheirismo e amor de quem tem uma verdadeira amizade o meu desabafo dessa madrugada. Enfim, obrigado, por que amanhã é um novo dia, mas carregado do nosso passado.